quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Lentamente, docemente...

A corrida acabou, mas o carro não parou. 
Perde-se o controlo, sai-se violentamente do caminho, caindo por uma ravina, acelerando até ao chão, A vegetação ampara, e por entre os destroços vai-se sentido a respiração,  
Há um corpo que se levanta, um perigo que passa, uma cicatriz que sara, mas que marca.

Acreditei que viajando rápido chegaria  mais longe, e assim o fiz, de tal forma que por vezes não me dei conta ao errar o caminho. Acabei longe sim, mas sozinho, e não naquele lugar onde queria estar.

Desfaço-me do turbo e volto à estrada, com a mesma vontade e confiança em chegar longe, mas com a calma para levar os que são meus na viagem.