quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

A minha história

A minha história é uma daquelas, em que a palavra, mais do que a apresentação, pensamento ou conhecimento foi criando a pessoa, tanto no entendimento, como no desentendimento.

A infância nasceu na paixão, no sonho, no desconhecido, com as emoções aguçadas naquilo que de mais intenso se pode esperar em brincadeiras de criança.

A adolescência trouxe a rebeldia e o tom de voz, como é tão habitual em muitos outros rapazes. Mas decidiu ficar, o pequeno jovem e o jovem adulto, continuaram nesse registo rebelde, com tantos rótulos: infantilidade, má educação e personalidade “forte”. O coração conduzia a boca, a um ritmo que o cérebro tinha dificuldade em acompanhar. Sentir primeiro, exprimir primeiro, pensar muito depois. O pedido de desculpa torna-se o hábito de salvação, sentida, repetida, mas num remendo que nem sempre cobria o rasgo.

O trabalho trouxe novo desafio, ao contrário das amizades e companhias, os colegas e os superiores não se escolhem, fazem parte do emprego que se tem que ter, uns maus e outros bons.

O brilho que parecia reluzente, torna-se cada vez mais cinzento, até que se apaga na escuridão. Sentindo-se apenas a pulsos, num manifesto de resistência.

Do apagão nasce a luz, tímida no brilho, mas cândida na essência.

Que a vida me permita continuar a crescer no brilho que dou e recebo entre aqueles que amo.