Havia uma flor no monte,
tão bonita de se olhar.
Regava-a uma fonte,
que não a deixava secar.
Era grande essa flor,
e parecia cheia de vida.
Assim como o amor,
talvez numa serra perdida.
Quando chegava a Primavera,
então a flor acordava.
E tudo o que dela era,
ao belo sol brilhava.
As borboletas ia beijando,
causando-lhe impressão.
E ainda dava beijinhos,
a quem lhe estendesse a mão.
Era amiga das crianças,
que lhe faziam companhia.
Conhecia as suas esperanças,
vivia da sua alegria.
Um dia um homem chegou,
trazendo uma pá na mão.
E foi assim que começou,
aquela grande construção.
E a fonte que ali existia,
pelo foi tapada.
Pois tudo o que ele queria,
era alguma terra sem nada.
-- João Pinto